Há momentos assim, em que escrevo sem pensar e depois publico...

Por um sorriso sincero e inocente,
Quantos rostos se iluminam e brilham como o sol.

Por uma palavra gentil
Quantas ideias e atitudes podem ser mudadas.

Por um gesto, um singelo e banal gesto
Quantos corpos vibram e redescobrem a paixão da vida.

Porque tu és tudo isto:
um sorriso meigo, uma palavra silenciosa mas sábia,
um gesto calmo que me conforta e acolhe.

Criei-te no meu pensamento, o Universo tornou-te real.
Sentir que existes mesmo que não presente faz como que a vida seja plena e harmoniosa.

Um dia quem sabe talvez te encontre,
Num dia em que o pensamento se funde com a alma e ganha outra vida.

As marcas do vento



Tal como o vento que nos últimos dias foi surgindo, também a vida não pára e nos arrasta para o turbilhão de ideias, acções e pensamentos.


Esta inconstância na minha vida, este estar sempre à espera da partida, do novo porto, faz com que a criação de raizes se torne tão intensa, mas ao mesmo tempo sem marcas... Marcas físicas, memórias para partilhar que não sejam apenas palavras, histórias.


Quando será a altura para parar? Como saberemos quando chegou o momento, quando é que chegaremos à terra prometida?


Olho para trás e vejo tantos locais magníficos, mas infelizmente também sei que assim como cheguei sem nada, também parti sem nada, excepto as histórias, as minhas memórias.


Elas irão sempre acompanhar-me, mas porquê este receio de deixar e ter marcas visíveis?


Porque se calhar os sentimentos são eternos, partilhamo-los quando e com quem queremos, fugimos como que envergonhados de todas as marcas que possam levantar questões inocentes, mas que tantas vezes não queremos responder.


Ver-nos retratados em coisas nem sempre é fácil, são outras formas de fugir, de nos esconder.


Nem sempre fui assim, despida de marcas, de provas do que fui, no que me tornei. Talvez esteja na altura de voltar a criar marcas, recuperar aquelas que já tive e de cabeça erguida mostrar o que fui, para com orgulho exibir no que me tornei.


Mas para que tenham valor, essas marcas não podem ser apenas objectos fugazes, têm de ter vida e uma parte de mim, só assim serão de e para mim.



De volta... finalmente

A todos os que por aqui passaram nos últimos tempos apenas quero deixar o meu pesar por ter descuidado o meu cantinho, mas tive de tratar de algumas pontas soltas.


Mas apesar de ainda não poder estar a 100% e porque estamos numa semana muito especial para mim, quero partilhar convosco mais um momento...






I carry your heart with me





I carry your heart with me
(I carry it in my heart)
I am never without it
(Anywhere I go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)
I fear no fate
(For you are my fate, my sweet)
I want no world
(For beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

Here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

I carry your heart
(I carry it in my heart)



by E. E. cummings

(Complete Poems, 1904-1962)

A todos os meus amigos, pessoas especiais da minha vida...

Azul mar, azul céu, simplesmente azul...


Foto: Miguel Peres

A maior empresa do mundo!



Posso ter defeitos, viver
ansioso e ficar irritado algumas
vezes, mas não me esqueço
de que a minha vida é a maior
empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos
os desafios, incompreensões e
períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima
dos problemas e tornar-se num
autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um
oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada
manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos
próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um
"não".
É ter segurança para receber
uma crítica,
mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo-as todas, um dia vou
construir um castelo...


Fernando Pessoa

Procura-me!



Procura-me!
Nunca pensei vir a precisar tanto de ti, mas dá-me mais um momento, é apenas o que te peço...
Para que não me sinta tão inútil, tão fria, tão vazia, agora de ti, mas principalmente de mim…


O Sentido

Se não souberes de mim,
procura-me entre as árvores,
nos campos desolados do meu país distante.
É lá que me passeio,
perdido de mim mesmo,
na incessante busca do caminho.
Se não souberes de mim,
procura-me nas ondas
que rebentam nas praias dos meus verdes anos.
É lá que, mergulhando no futuro,
vagueio, entre confuso e indeciso.
Se não souberes de mim,
procura-me nos livros
que um dia li, mas logo abandonei,
por não me darem o sentido
da vida, que em vão busquei.

Torquato Da Luz

Simplesmente tu



Para ti meu mais que tudo...


Depois de tanto tempo a partilhares e guardares as minhas confissões tive de partir.

Nunca pensei que sentisse a tua falta, aliás nunca me apercebi o quanto foste e és importante para mim.

Até que, neste regresso, deixaste bem claro que apesar do teu jeito independente, desconfiado, egoísta, afinal pertenço-te como tu me pertences.

Contigo retempero as minhas forças, tu sentiste e com tanto amor, carinho, dedicação e fragilidade trouxeste luz ao meu coração.


Afinal não é normal que um felino demonstre tamanha dependência ou que sinceramente sinta saudades minhas, receando a cada instante que eu volte a desaparecer.


Deste-me uma esperança renovada, porque és um gato e por isso muito mais desconfiado e cruel que os humanos nas suas relações.




O meu amor por ti fez-te assim.

É simplesmente maravilhoso esta sensação, que nem sequer sei como a descrever, mas que tinha de partilhar.